Publicado nesta segunda-feira (3) na revista "PNAS", um estudo mostra que a serpente Píton-Birmanesa além de ser um dos animais mais evoluídos do planeta pode ser também a chave para a solução de diversas doenças nos seres humanos. A evolução da serpente ocorreu de uma forma extremamente diferente de todos os outros, tornando-a capaz de expandir e depois encolher órgãos como o coração, o intestino delgado, o fígado e os rins de 35%-150% em questão de dois dias. Tudo isso para poder se alimentar, evitando que suas presas entrem em um estado de putrefação antes de serem digeridas.

 

Agora, cientistas procuram um meio de usar essas características para deter mutações genéticas antes que as mesmas causem doenças. A partir da análise do genoma do animal, os médicos tentam entender a complexa interação entre a expressão genética, a adaptação das proteínas e as mudanças estruturais que permitem ao animal realizar algo tão impressionante. 

 

"Com seu genoma, agora podemos investigar os muitos mecanismos moleculares ainda sem explorar que ela usa para aumentar dramaticamente sua taxa metabólica, deter a produção de ácido, melhorar a função intestinal, e aumentar rapidamente o tamanho de seu coração, intestino, pâncreas, fígado e rins", afirmou um cientista da Universidade do Alabama, no Sul dos Estados Unidos.

 

Fonte:

G1