Radar enfrenta desmatamento na Amazônia

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ODS - ONU

O governo federal concentrou esforços para combater o desmatamento na Floresta Amazônica. Nesta segunda-feira (20/07) foi anunciado investimento de R$ 80,5 milhões para viabilizar o uso de um novo radar que permitirá o monitoramento do corte ilegal de vegetação no bioma, mesmo em condições climáticas adversas. Do total, R$ 63,9 milhões fazem parte dos recursos não reembolsáveis do Fundo Amazônia. O restante é proveniente do orçamento da União.



 O radar orbital, que também será usado na detecção de garimpos ilegais e pistas de pouso clandestinas utilizadas pelo narcotráfico, possibilitará a geração de imagens detalhadas da região, mesmo em dias de muita nebulosidade. Os sistemas anteriores não eram capazes de gerar imagens através das nuvens. Coordenado pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), a ferramenta vai gerar alertas que darão suporte para as equipes que atuam na fiscalização em terra, além de enviar dados que ajudarão a compor o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter).

 

O ministro interino do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, destacou a importância da medida para a política ambiental brasileira e para o papel que o país ocupa em relação à comunidade internacional. “O combate ao desmatamento é uma questão de inteligência, estratégia e soberania”, afirmou. “Nesse sentido, a iniciativa do Fundo é essencial. Com a redução do desmatamento, o Brasil tem dado a maior contribuição voluntária para a redução de gases de efeito estufa.”.

Ao todo, 950 mil quilômetros quadrados serão monitorados pelo sistema. O número representa 17% da região amazônica, equivalente aos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e um pouco mais do que Santa Catarina. Os alertas para a fiscalização serão gerados no período de outubro a abril, meses chuvosos e, consequentemente, com muitas nuvens. Essa será a primeira vez que a Amazônia será monitorada sistematicamente com um radar orbital. 

A parcela de recursos do Fundo Amazônia será liberada por meio de contrato assinado com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A maior parte desse montante será revertida para a compra do equipamento, previsto para começar a funcionar em 2018.

O investimento integra o projeto Amazônia SAR. O radar de abertura sintética SAR (sigla em inglês para Synthetic Aperture Radar) funciona com pulsos de ondas eletromagnéticas, que independem da luz e são capazes de ultrapassar barreiras físicas como as nuvens. Por isso, é mais indicado para o período de excesso de nuvens na Amazônia. Para criar uma imagem do SAR, pulsos sucessivos de ondas de rádio são transmitidos para “iluminar” a cena alvo e o eco de cada pulso é recebido e gravado.

 Nos dois primeiros anos, no período de outubro a abril, as imagens de cerca de 950 mil quilômetros quadrados mensalmente serão baixadas por Protocolo de Transferência de Arquivos (FTP), numa resolução de 18 a 22 metros, possibilitando a identificação dos ilícitos. Depois de analisadas pelo Censipam, as imagens vão ser repassadas ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que subsidiará e montará as ações de fiscalização. As informações também serão enviadas ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para compor os dados do desmatamento da região amazônica.

 
Saiba mais no portal InforMMA.

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