A “nuvem de dados” é o destino de muitos arquivos que antes eram gravados em DVDs, HDs e CDs. São músicas, textos, vídeos e dados de todo tipo que ficam armazenados em servidores remotos agregados em torno de datacenters.
O GreenPeace realizou relatório batizado de “O quão suja é a nuvem” que revela o impacto ambiental dessa solução encarada por muitas pessoas como ambientalmente correta.
Em 2010, o estudo em questão estimou que essa demanda era de 623 bilhões de kWh. Os mais de 2 bilhões de pessoas na internet consomem mais energia do que grandes países inteiros, como Brasil, Índia e Alemanha.
O mais curioso é que somente 6 a 12% da energia é gasto com serviços demandados no tempo presente. A maior parte dessa energia é usada para prevenir problemas como, por exemplo, picos de visitação.
Boa parte dos datacenters do mundo localiza-se nos EUA; país com 45% da matriz energética baseada no carvão mineral que é queimado em usinas termelétricas. Assim, a “nuvem” está diretamente ligada à emissão de gás carbônico e contribui para as mudanças climáticas causadas pelo efeito estufa.
Diante de um grande problema, a solução parece ser o uso de fontes limpas de energia por empresas de tecnologia, principalmente as gigantes como Google, FaceBook e Microsoft. Para se ter uma ideia do consumo dessas empresas, em 2010, o Google usou 2 billhões de kWh, mais que todas as 700 ilhas das Bahamas.
A boa notícia é que essas empresas já realizam iniciativas que podem colaborar com a redução do impacto ambiental de suas operações. Google tem um datacenter na Finlândia que dispensa ar condicionado. O mesmo acontece com o FaceBook em datacenter na Suécia.
A tendência é que as pessoas usem cada vez mais esse tipo de serviço e muitos cientistas acreditam que a própria tecnologia poderá colaborar com soluções eficientes para reduzir esse impacto.
Leia mais sobre o assunto no Planeta Sustentável