Empresas querem transformar asteroides em estações de reabastecimento

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ODS - ONU

Chris Lewicki está tentando tirar água de pedra. Na verdade, uma grande pedra que está a milhares de quilômetros da Terra. Ele é o presidente da Planetary Resources, uma empresa de mineração que já participou de missões à Marte realizadas pela Nasa, a agência espacial americana. Agora, Lewicki aposta alto em asteroides.

"A partir de observações feitas com telescópios, vemos que certos tipos de asteroides podem ter água em relativa abundância, além de outros minerais contidos nela", afirma ele.

Mas por que a água, que cobre a maior parte de nosso planeta, é tão valiosa no espaço?

O custo atual de enviar água suficiente para seis astronautas da Estação Espacial Internacional gira em torno de US$ 2 bilhões (R$ 4,4 bilhões), segundo Lewicki. Além disso, a água pode ser transformada em ar e combustível – hidrogênio líquido e oxigênio formam o tipo mais eficiente de combustível para foguetes conhecido pelo homem.

A Planetary Resources não está sozinha nessa nova missão. Outras empresas também querem extrair combustível de asteroides e transformá-los em estações de reabastecimento no espaço. Como asteroides têm pouca gravidade, pousar e decolar deles não exige muita energia. Esses corpos rochosos existem em grande número e estão próximos da Terra, o que os tornam uma potencial e valiosa estação de reabastecimento para missões mais longas.

Os custos são muito altos, afirmam eles, para correr o risco de que suas descobertas sejam apropriadas por governos ou concorrentes. Lewicki diz que a incerteza quanto à legalidade da apropriação desses recursos por empresas gera desconfiança nos investidores e já está afetando o crescimento de sua empresa.

Não são apenas outras companhias que fazem parte da concorrência. Lewicki diz que a China lançou missões não-tripuladas para explorar asteroides e a Lua, e a Nasa trabalha em uma missão tripulada para coletar amostras de asteroides próximos à Terra na década de 2020.

Em uma recente audiência no Congresso sobre o assunto, Joanne Irene Gabrynowicz, professora de Direito espacial da Universidade do Mississippi, alertou que o projeto pode ter um impacto político "considerável" em tratados internacionais.

"Se for transformado em lei, devemos esperar que esse projeto seja questionado legal e politicamente", acrescentou ela.

Edwards diz que parceiros internacionais, como a Agência Espacial Europeia e a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão, além de China e Rússia, precisam estar envolvidos no debate sobre a propriedade de recursos espaciais desde o início.

"Não estamos sozinhos neste jogo", afirma ele. "Temos a obrigação de entender como será esse novo cenário e garantir que estejamos todos seguindo as mesmas regras."

"Não começaremos a minerar asteroides amanhã, então, temos tempo para estabelecer este contexto", acrescenta.

Mas Lewicki diz que a Planetary Resources lançará sua primeira nave espacial no início de 2015 e já tem planos para muitas outras.

"Se o Congresso encontrar uma forma de colocar a mineração espacial nos termos da lei, isso nos permitirá acelerar nossos esforços e buscar essa estratégia de forma mais agressiva do que fazemos hoje", afirma ele.

"Isso vai se tornar realidade muito antes do que as pessoas imaginam. Não será daqui a décadas. Há empresas prontas para fazer isso agora", conclui.

Fonte:
MSN

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