Os melhores velejadores do país e alguns estrangeiros gabaritados estão no Rio de Janeiro para a Copa Brasil de Vela que acontece até o dia 11/1 na Baía de Guanabara.O evento será disputado na raia dos Jogos Olímpicos de 2016, e terá como sede a praia de São Francisco, em Niterói. São esperados cerca de 300 velejadores distribuídos em dez classes: laser radial e standard, 470 masculino e feminino, RS:X masculino e feminino, 49er, 49er FX, finn e nacra 17.
Robert Scheidt, Bruno Prada, Jorge Zarif, Ricardo Winick (Bimba) e Isabel Swan têm presença confirmada.
A Copa será uma excelente oportunidade para testar o local das competições da modalidade em 2016, alvo de crítica de diversos atletas brasileiros e estrangeiros. Durante sua visita à Baía, Norregaard, bronze nos Jogos de Londres, afirma ter visto árvores inteiras flutuando, além de portas, madeiras com pregos expostos, colchões e muitos sacos plásticos. Segundo o dinamarquês, a poluição tornaria as regatas injustas e perigosas.
Crítica mais dura foi de autoria de Ian Baker, que conquistou uma medalha de prata para a Grã-Bretanha em 2000 e agora é treinador na Irlanda. "É um esgoto. É absolutamente nojento. Algo tem de ser feito em relação a isso.", afirmou o técnico.
Os brasileiros chamam atenção para a situação há muito tempo. Filha de Torben Grael, cinco vezes medalhista olímpico, a velejadora Martine Grael diz que veleja na baía desde criança e que não observou melhoras. "O Governo diz que há vários programas para limpar a Baía, mas eu não vi nenhum progresso.", diz a campeã.
O Comitê Organizador dos Jogos prometeu limpar a Baía em dois anos e meio. Planeja-se a redução do percentual de poluição na Baía para 80%. Os velejadores e ambientalistas duvidam que o problema seja resolvido depois de décadas de poluição.
Fontes:
Site do Governo Federal
Globo Esporte
