No caso de ocorrer uma catástrofe natural ou uma guerra, as sementes da humanidade estão bem guardadas num cofre subterrâneo no Ártico. Esta “Arca de Noé vegetal” foi construída dentro de uma montanha gelada na Noruega e resiste a terremotos e ataques nucleares. O cofre gelado está preparado para guardar 2,25 biliões de sementes provenientes de todo o mundo, inclusive Brasil.

O Svalbard Global Seed Vault dá prioridade a sementes que são importantes para a produção de alimentos e a agricultura sustentável, que é de extrema importância para os países em desenvolvimento, onde a segurança alimentar é um desafio. Mais de 7000 espécies de plantas têm sido historicamente utilizadas na dieta humana. No entanto, menos de 150 espécies são utilizados na agricultura moderna. E apenas 12 espécies de plantas representam a principal fonte vegetal na nossa alimentação atual. Dentro de cada espécie vegetal existe um elevado número de variedades. Por exemplo, existem mais de 100.000 variedades de arroz.

Agora, como que as sementes são armazenadas? O alto frio e a falta de oxigênio conservam as sementes, que são armazenadas a uma temperatura a baixo dos -18ºC. As sementes são colocadas em embalagens fechadas, colocadas em caixas lacradas e armazenados em prateleiras dentro do cofre.

O solo congelado que envolve o banco de sementes, chamado permafrost, garante a viabilidade das sementes se o fornecimento de energia elétrica falhar. Os países interessados podem depositar sementes, reservando o direito de retirá-las mediante a sua necessidade.

Em Braga, Portugal, também existe um banco de sementes – Banco Português de Germoplasma Vegetal – que tem o objetivo de conservar o patrimônio vegetal do país. No banco de sementes português, há mais de 45.000 amostras de variedades vegetais, representativas de mais de uma centena de espécies. Tem mais de 2000 amostras de milho e 1700 de feijão. Estas sementes encontram-se conservadas no frio, in vitro e no campo.

Fonte:
Noctula Channel