Juntos, os quatro países formam o chamado grupo Basic. Apesar de não negociarem em bloco, fazem reuniões periódicas para alinhavar questões comuns que são defendidas, anualmente, nas Conferências das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC. Na sigla em inglês). A 21ª COP ocorrerá em dezembro, em Paris, e deverá gerar um acordo internacional capaz de frear o aquecimento global.
A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, e os demais representantes do Basic defenderão, na COP 21, um compromisso com obrigações diferentes para as nações desenvolvidas e para as em desenvolvimento. “Queremos um acordo justo e robusto”, destacou Izabella. A intenção é que os países desenvolvidos assumam metas mais ambiciosas, enquanto os em desenvolvimento se fortalecem para assumir compromissos maiores no corte de emissões.
Para limitar o aumento da temperatura média global a até 2 graus Celsius, o Basic defenderá a manutenção do princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, no corte de emissões de gases de efeito estufa. Com isso, e expectativa é alcançar o maior esforço possível dos 193 países signatários da UNFCCC, conforme as possibilidades, singularidades e realidades econômicas e sociais de cada um.
Além disso, os ministros concordaram que o novo acordo climático deverá garantir a transparência e ser implantado com mecanismos de revisão capazes de preencher possíveis lacunas futuras. O grupo ressaltou, ainda, a importância das Contribuições Intencionais Nacionalmente Determinadas (INDCs, na sigla em inglês), que englobam medidas específicas para serem cumpridas pelos países quando o acordo começar a valer.
Após a reunião com os ministros do BASIC, na tarde de domingo (29/06), Izabella Teixeira participou do Painel de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), que debateu questões como mitigação, adaptação e meios de implementação das políticas para mudanças climáticas. O encontro teve por objetivo impulsionar o compromisso dos países para o novo acordo climático, a ser firmado na COP-21.
Em seu discurso durante o Painel, a ministra Izabella destacou que o Brasil está no estágio final de elaboração das INDCs. “Também estão em curso nossas ações de mitigação voluntárias de redução de 36% das emissões projetadas no Brasil até 2020, ou mesmo antecipar esses resultados”, destacou a ministra.
Saiba mais no portal InforMMA.