Árvore do dia: Palmito Juçara

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ODS - ONU

Euterpe edulis Mart.

Família: Arecaceae, a família botânica do coco e de outros palmitos.
 
Outros nomes: palmito-doce, iuçara e jiçara.
 
Distribuição Geográfica: O palmito-juçara ocorre nos Estados do RN, PB, PE, AL, SE, BA, GO, MS, MG, ES, SP, RJ, PR, SC e RS. Sendo encontrado em Matas Ciliares e de Galeria do Cerrado e da Mata Atlântica. É uma espécie nativa, porém não endêmica do Brasil.
 
Características: Palmeira de 5 a 15 metros de altura com tronco sempre fino. Indivíduos adultos podem chegar aos 20 m. O caule possui marcas em forma de anel e em sua base é sempre possível ver as raízes de cor vermelha. As folhas são bastante compridas, chegando a 3 m. Suas bases formam uma estrutura verde e comprida, de onde se extrai o palmito, a qual é um prolongamento do caule. As inflorescências são como numerosos cachos que saem dessa região e contêm centenas de flores amareladas, quase brancas. Os frutos são coquinhos redondos, de casca roxa, quase sem polpa e com uma semente apenas.
 
Usos

Alimentação: É o popular palmito, amplamente utilizado na culinária do Brasil. Atualmente não se pode mais comercializar mais esse palmito por conta da exploração que sofreu, não sendo essa uma atividade sustentável. A parte extraída é justamente onde nascem as folhas e como o palmiteiro não tem outro mecanismo de rebrota para repor essa parte perdida, acaba morrendo e deixando somente o tronco em pé. Além disso, em boa parte das vezes, os coletores derrubam a palmeira para facilitar a coleta do palmito. Os frutos também podem ser utilizados para fazer o “vinho”, semelhante ao açaí, com alto valor nutritivo. As folhas e as sementes servem para compor ração animal.
Madeira: Não constitui madeira propriamente dita, pois as palmeiras tem outro tipo de crescimento no caule. Mas é considerada leve, resistente e de boa durabilidade se mantida fora da umidade. Não é usada comercialmente, mas em pequena escala para construções rurais, calhas, ripas, escoras e outros “quebra-galhos”.  
Uso medicinal: Em casos extremos pode-se cortar um pedaço do caule e espremer até sair um líquido que é pingado em feridas abertas com o intuito de estancar o sangue.
Outros usos: Pode ser usada com sucesso no paisagismo, pois seu porte e folhagem são de grande beleza. As sementes, assim como as do açaí, são utilizadas para artesanato. Em algumas regiões, também utilizam as folhas para fabricação artesanal de cadeiras de palha. Além disso, do caule jovem pode ser extraída uma fibra semelhante a piaçava.
 
Curiosidades: Essa espécie está na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção publicada pelo Ibama em 2008. Mas ainda assim é explorada e comercializada ilegalmente. Seu nome popular vem do Tupi e quer dizer o ”o que coça”, em referência a algumas partes da planta que podem causar coceira.

Saiba mais sobre essa e outras espécies do nosso ecossistema em Nossas Árvores.

 

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